quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Adepará vai emitir Guias de Transporte em versão eletrônica

Agência Pará

Cláudio Santos/ Ag. PaClique na imagem para ampliarAmpliar imagem
O diretor da Adepará, Mário Moreira, diz que o órgão vai investir em tecnologia para avançar no controle e acompanhamento do setor agropecuário

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O diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Mário Moreira, anunciou que ainda este ano, a agência deve criar o Guia de Transporte Animal (GTA) eletrônico, facilitando a emissão e a fiscalização do transporte animal no estado. "Vamos fazer isso como um processo de modernização e informatização dos nossos escritórios, que hoje estão presentes em 127 municípios do Estado. Teremos postos regionais nas fronteiras", explicou.

A implantação do serviço está entre as metas da Adepará anunciadas pelo novo governo, apesar de todas as dificuldades encontradas pela equipe que assumiu o órgão. Entre os problemas detectados está a presença em uma lista de inadimplência com quase R$ 500 mil em restos a pagar, alguns valores sem empenho, carros parados e prédios em péssimas condições de funcionamento. A situação é crítica e o diretor espera superá-la em seis meses, trabalhando com uma gestão eficiente para tirar o órgão do vermelho.

O GTA controla o trânsito de animais, impedindo, por exemplo, que gado de áreas de médio risco de febre aftosa entre nas áreas livres da doença. "Esse controle é importante para manter o estado dentro das especificações e exigências sanitárias. Para você ter uma ideia, há poucos dias sacrificamos 12 animais que vinham de outros estados de áreas de médio risco de aftosa", conta.

Atualmente, o Pará tem o quinto maior rebanho bovino do país, com 18 milhões de cabeças. Há 44 municípios classificados como área livre da doença e 99 deles são considerados área de médio risco. Uma posição que nunca foi melhor, pois antes, todos os municípios estavam enquadrados como "risco desconhecido" e depois "risco médio". O governo investiu em campanhas de vacinação, até que gradativamente, o Estado se viu livre da doença, que não é registrada no território há 10 anos.

A meta da Adepará é tornar o estado completamente livre da doença antes do final do ano de 2012. A próxima campanha de vacinação (são duas etapas por ano) está em fase de definição conjunta com técnicos da Adepará e do Ministério da Agricultura.

Em relação à produção de carne, a Adepará pretende combater o abate clandestino. Para isso, além do fortalecimento da fiscalização, Mario Moreira está negociando junto ao Ministério da Agricultura a criação de matadouros regionais, que seriam instalados nos municípios pólo. "O município entra com uma parte e arrecada em cima do que é abatido e os produtores dos locais aonde não existem abatedouros terão um serviço de qualidade e certificado", disse.

Outra das metas da agência é a criação do GTV, o Guia de Transporte Vegetal, para controlar a atividade madeireira e de produção agrícola, impedindo a entrada de pragas de lavoura no estado. Atualmente, o Pará é o maior produtor de pimenta-do-reino do país e o segundo produtor de cacau e de abacaxi. "Já mandei a proposta para o governador Simão Jatene para regular a aplicação desse serviço. Além disso, também vamos implantar o Serviço de Inspeção Estadual, que vai nos ajudar no combate ao comercio de carne clandestina", disse Mário Moreira.

Segundo Mário Moreira, essas são algumas metas adequadas à grandeza da produção do setor no Pará, que hoje tem mais de 111 mil propriedades rurais e, além dos altos índices de produção em várias modalidades, tem a carne como terceiro produto da pauta de exportação do estado.

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